sexta-feira, 20 de maio de 2011

FLUÍDOS DIELÉTRICOS: “O HIDROCARBONETO É UM MAL NECESSÁRIO OU PODE SER SUBSTITÚIDO”


C. I. Arantes, E. M. Silva, M. B. Silva e A. A. Raslan



A Eletroerosão (EDM), usinagem por descargas elétricas, é um processo de usinagem não tanto tradicional, que pode substituir a furação, a fresagem, a retificação e algumas outras operações de usinagem tradicional, é considerada atualmente uma opção bem estabelecida em muitas indústrias em todo mundo. Na máquina de eletroerosão, a ferramenta é avançada em direção a peça, ambos mergulhados num líquido isolante, ou fluido dielétrico como é conhecido.
O fluído dielétrico é muito importante para a operação, durante a usinagem por EDM, atuando diretamente em vários aspectos da usinagem, controlando a potência da abertura das descargas, também tem como função a lavagem da interface ferramenta peça, arrastando as partículas erodidas, auxiliando no arrefecimento do sistema, e nas áreas vizinhas a descargas. Os fluídos dielétricos são muito nocivos a saúde do operador e apresentam risco de acidentes e incêndios durante o uso, transporte e armazenamento. Vários estudos já foram realizados sobre a possibilidade de substituir fluídos dielétricos comuns por água deionizada e soluções aquosas de glicerina, que são atóxicas e descartáveis, porém diminui consideravelmente a velocidade de operação da máquina produz excessiva evaporação, aumentando seu consumo, mas sua utilização evita a contaminação de rios, é muito mais barata, pode ser misturada, como por exemplo, na glicerina, melhorando a superfície usinada, não oferece risco ao operador, seus vapores são atóxicos, sem risco de incêndios.
A minimização do impacto ambiental tem sido um importante tópico para os fabricantes de todo o mundo, especialmente após a introdução das padronizações de sistema de gerenciamento ambiental da ISO14000. Além do risco de saúde de operador, os fluídos dielétricos, como a querosene, deixa a desejar em relação a especificações de taxa de remoção de material, relação de desgaste, rugosidade da peça usinada e topografia. Para que os dielétricos aquosos ganhem mercado, será necessário que as máquinas de eletroerosão sejam adequadas aos novos fluídos.
O dielétrico aquoso usado nessa operação de usinagem é muito caro, pelo fato de evaporar muito mais rapidamente, deve ser trocado com maior freqüência que os óleos dielétricos, infelizmente, as altas TRMs, atingidas com o uso de fluídos aquoso no processo EDM por penetração não compensa a alta taxa de desgaste do eletrodo, pobre acabamento superficial e alto custo de operação e manutenção. Esses aspectos negativos têm tomado esses tipos de usinagem proibitiva em termos de custo, e a produção de máquinas usando água ao invés de não conseguiu conquistar o mercado mundial.




Trabalho Acadêmico, da Disciplina., de processos de usinagem do Curso de Engenharia de Produção Mecânica, Unoesc-jba, por Andrigo Dias Barbosa.

Revista Máquinas e Metais, Abril de 2004, páginas 35-45, Aranda Editora, ano XL número 459, ISSN 0025-2700.
Allison, Sam The case for addtive technologia in EDM. Artigo extraído do site da revista Modrn Machine Shop, no endereço. www.mmsonline.com/article, 200.